Uma história #02

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Ela era tão linda, e eu não soube o que dizer. Falei tanta besteira que acabei por fazê-la rir. Tenho certeza que naquele dia encontrei o anjo mais belo e inocente que existe nessa vida.

No dia seguinte, não pude me conter de ansiedade por querer vê-la de novo. "Será que ela vai à escola hoje?" Todo entusiasmado fui para a aula, esperançoso. Queria ouvir o sinal do intervalo a todo custo só para procurá-la. Então a hora chegou, mal tocou o sino e eu já estava com todo o material em minha mochila correndo para encontrá-la. Procurei por toda parte e não havia encontrada até então. Pensei: "Já sei... Ela deve ter dito aula de educação física e ainda não saiu da quadra jogando vôlei, afinal, vi ela ontem esperançosa pelo termino do jogo para poder também jogar." E fui ao seu encontro...

Chegando lá a vi. Estava de cabelo amarrado, tipo "Maria Chiquinha" só que não tão alto, estava em uma blusa clara tão linda quanto ela, e uma calça jeans mostrava o quão maravilhosa era. Estava extremamente meiga. Estava tão linda que no início tive vontade de ficar ali só observando-a. Mas criei coragem e fui lá chamar sua atenção.

Entrei na quadra como se estivesse realmente jogando e esbarrei nela.

- Opa, desculpe!

- Ah, não tem com que se desculpar! Realmente não me viu?

- Não, des-cul-... - parei de falar ao olhar seus olhos, não eram olhos azuis ou verdes, eram simplesmente castanhos, mas tinham um brilho tão lindo que fiquei ali, admirando-a.

- Descul...?

- Ah! Me perdoe novamente, fiquei admirando-a! - nesse momento uma bola acertou-a em cheio na cabeça -

- Meu Deus, está bem?

- Sim, estou. Foi só uma bola, não se preocupe!

- Não. Venha, venha. Descanse um pouco! - puxei-a para fora da quadra. -

Conversei com ela ainda alguns minutos, minutos bastantes para nos fazer perder as duas últimas aulas e... O sinal tocou. Era hora de ir embora. Fui me despedir dela ao ver meus amigos chamando, e de repente todas as luzes do colégio se apagaram. Naquele momento não pensei em outra coisa a não ser aproveitar a sorte, e a beijei sem que ninguém visse e a largueia antes que as luzes voltassem. Quando voltaram - o que não demorou nem um segundo após o beijo -, envergonhado abaixei a cabeça e sai pensando: Será que terei a oportunidade de sentir aquele beijo doce naqueles lábios tão macios? Mas para minha surpresa, este dia não passou de um sonho...